domingo, 8 de novembro de 2009
Torre Eiffel
No século XIX, Paris era vista como uma cidade de grande expressão nos ditames das manifestações artísticas, intelectuais e estéticas. Na qualidade de “centro difusor” da modernidade, a cidade de Paris organizou exposições universais onde era exposto aquilo que de melhor a civilização ocidental fora capaz de produzir. De certa forma, esses eventos eram verdadeiras promessas capazes de condensar o triunfo do tempo presente e a espera de um futuro próspero.
Foi nesse específico conjunto de valores que a Torre Eiffel, um dos mais visitados pontos turísticos do mundo, acabou sendo projetada. Idealizada pelo engenheiro Gustav Eiffel, ela ganharia o nome de “Torre de 300 metros” e seria o resultado da utilização de uma estrutura de mais de 18 mil peças em ferro e o arremate de 2,5 milhões de parafusos. Ao todo, contabilizando o peso de suas várias camadas de pintura, a torre acabou ultrapassando as 10 mil toneladas.
Inaugurada na Exposição Universal de Paris de 1889, a Torre Eiffel foi visitada por aproximadamente dois milhões de pessoas que tiveram coragem e disposição para os mais de 1.700 degraus que conduzem o visitante ao seu topo. Hoje, na qualidade de um dos pontos turísticos mais populares de toda a Europa, a torre quase atingiu a marca dos 7 milhões de visitantes no ano de 2008. Em razão de sua importância, a Prefeitura de Paris e a Sociedade de Exploração da Torre Eiffel gerenciam os custos gerados pelo patrimônio.
Até o ano de 1929, a Torre Eiffel ocupou o posto de construção mais alta de todo o mundo. Depois disso, os norte-americanos tomaram esse lugar com a realização do edifício Chrysler, localizado em Nova Iorque. Atualmente, em razão de sua notoriedade no espaço urbano parisiense, a torre ganha uma iluminação especial que varia de acordo com a celebração de alguma data ou evento de importância maior.
Para quem se impressiona com todos esses números, nem chega a imaginar que a Torre Eiffel fora alvo de várias críticas que desaprovavam a sua concepção. Muitos intelectuais e artistas da época consideravam uma construção sem nenhuma qualidade estética louvável. Membros da elite intelectual parisiense chegaram a liderar um movimento exigindo a demolição do que eles chamavam de “inútil e monstruosa torre”, “odiosa coluna de ferros aparafusados” e “gigantesca chaminé de usina”.
Por Rainer Sousa
Graduado em História
Equipe Brasil Escola
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