sexta-feira, 3 de maio de 2013
Execução de Maria Antonieta
Processo e execução
Em 14 de outubro, perante o Tribunal Revolucionário, Maria Antonieta foi comparada às rainhas más da antiguidade e da Idade Média. A acusação pretendia apresentá-la como responsável por todos os males da França desde sua chegada ao país. O processo baseava-se fundamentalmente em três acusações: "esgotamento do tesouro nacional", "negociações e correspondências secretas" com o inimigo (Áustria e monarquistas) e "conspiração contra a segurança nacional e a política externa do Estado". Era evidente que a ex-rainha seria julgada por alta traição.
Ao final do processo, a ex-rainha esperava ser condenada à deportação. Ela estava certa de não ter cometido os crimes dos quais era acusada, pois só havia tentado salvar a monarquia da forma como a compreendia; mas isso foi considerado alta traição pela república francesa. No entanto, seu julgamente era evidentemente uma farsa, pois o veredicto já havia sido decidido previamente e o júri a condenou por unanimidade à pena de morte.
Na manhã de 16 de outubro, Maria Antonieta, que havia sido proibida de vestir-se de preto, trajava um vestido branco (a cor do luto para as antigas rainhas de França). Em seguida, o carrasco Henri Sanson, após cortar-lhe o cabelo até a altura da nuca, amarrou suas mãos às costas. A ex-rainha foi levada para fora da prisão e colocada no carro dos condenados à morte.
Chegando à Place de la Revolution, Maria Antonieta subiu rapidamente os degraus do cadafalso. Ao pisar acidentalmente no pé do carrasco, disse-lhe: "Perdão, senhor. Eu não fiz de propósito." Às 12h15m, a lâmina caiu sobre seu pescoço. O carrasco pegou sua cabeça ensanguentada e apresentou-a ao povo de Paris, que gritava: "Viva a República!
Maria Antonieta foi enterrada no Cemitério de Madeleine, juntamente com seu marido Luís XVI em uma vala comum. Foi espalhado cal em seu corpo. A morte de Maria Antonieta foi estabelecida em 24 de outubro de 1793. O ato original desapareceu durante a destruição de arquivos em Paris em 1871, mas foi copiado por arquivistas.
Em 21 de janeiro de 1815, os restos mortais de Maria Antonieta foram depositados na Basílica de St. Denis. Em 1816, Luís XVIII erigiu um túmulo na basílica, dirigido por Pierre Petiot.
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