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domingo, 17 de abril de 2016






Os soluços graves dos violinos do Outono ferem a minh'alma num langor de calma e sono...

Paul Verlaine.

domingo, 15 de novembro de 2015







Tu crois au marc de café, - Aux présages, aux grands jeux : - Moi je ne crois qu'en tes grands yeux.

Paul Verlaine

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Arthur Rimbaud e Paul Verlaine







Dizer que a relação dos poetas Arthur Rimbaud e Paul Verlaine foi conturbada é pouco. Verlaine chegou a abandonar o emprego e até a família para viver com Rimbaud, que era dez anos mais jovem.

 Juntos, os poetas viajaram pela França e parte da Europa. E foi em Bruxelas, na Bélgica, que após uma discussão, Verlaine sacou uma arma e atirou no parceiro.  Rimbaud foi para o hospital e Verlaine para a cadeia. 

O incidente marcou para sempre a vida de ambos. Ao sair da prisão, Verlaine tentou sem sucesso voltar para a ex-esposa. Rejeitado, o poeta – que tinha problemas com o álcool – passou a beber com mais frequência , terminando seus dias na indigência. 

Recuperado dos ferimentos e longe do antigo companheiro, Rimbaud passou a viver como comerciante de escravos e traficante de armas.

sábado, 27 de abril de 2013





Não há nada melhor para uma alma do que tornar menos triste outra alma.
Paul Verlaine

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Chanson d'automne




Les sanglots longs
Des violons
De l'automne,
Blessent mon c?ur
D'une langueur monotone.
Tout suffocant
Et blême, quand
Sonne l'heure,
Je me souviens
Des jours anciens et je pleure;
Et je m'en vais
Au vent mauvais
Qui m'emporte
Deçà, delà
Pareil à la feuille morte


Paul Verlaine



quarta-feira, 11 de julho de 2012





O céu azul sobre o telhado
repousa em calma.
Uma árvore sobre o telhado
balança a palma.


 
A voz de um sino mansamente
ressoa no ar.
Um passarinho mansamente
põe-se a cantar.



Meu Deus, meu Deus, esta é que é a vida
simples, tranqüila,
como o rumor suave de vida
que vem da vila.



-Tu que aí choras, que é que fizeste,
dize, em verdade,
tu que aí choras, que é que fizeste
da mocidade?



Paul Verlaine
Trad -Onestaldo de Pennafort




Chora em meu coração
como chove lá fora.
Porque esta lassidão
me invade o coração?



Oh! ruido bom da chuva
no chão e nos telhados!
Para uma alma viúva,
oh! o canto da chuva!



E chora sem razão
meu coração amargo.
Algum desgosto? - Não!
É um pranto sem razão.



E essa é a maior dor,
não saber bem por que,
sem ódio sem amor,
eu sinto tanta dor.


Paul Verlaine
Tradução de Onestaldo Pennafort


O ruido dos cafés; a lama das calçadas;
os plátanos pelo ar desfolhando as ramadas;
o ônibus, furacão de rodas e engrenagens,
enlameado, a ranger num rumor de ferragens
e girando o olho verde e rubro das lanternas;
os operários a caminho das tavernas,
com os cachimbos à boca a afrontarem os guardas;
paredes a ruir; telhados de mansardas;
sarjetas pelo chão resvaladiço e imundo, -
tal meu caminho, - mas com o paraíso ao fundo.


Paul Verlaine

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Em surdina




Calmo, na paz que difunde
a sombra dos altos ramos,
que o nosso amor se aprofunde
neste silêncios em que estamos.



Coração, alma e sentidos
se confundam com estes ais
que exalam, enlanguescidos,
medronheiros e pinhais.



Fecha os olhos mansamente
e cruza as mãos sobre o seio.
Do teu coração dolente
afasta qualquer anseio.



Deixemo-nos enlevar
ao embalo desta brisa
que a teus pés, doce, a arrulhar,
a relva crestada frisa.



E quando a noite sombria
dos carvalhos for baixando,
o rouxinol a agonia
da nossa alma irá cantando.


Paul Verlaine

Soleils couchants



Une aube affaiblie
Verse par les champs
La mélancolie
Des soleils couchants.
La mélancolie
Berce de doux chants
Mon coeur qui s'oublie
Aux soleils couchants.
Et d'étranges rêves
Comme des soleils
Couchants sur les grèves,
Fantômes vermeils,
Défilent sans trêves,
Défilent, pareils
À des grands soleils
Couchants sur les grèves.


Paul Verlaine




Le ciel est, par-dessus le toit,
Si bleu, si calme !
Un arbre, par-dessus le toit,
Berce sa palme.

La cloche, dans le ciel qu'on voit,
Doucement tinte.
Un oiseau sur l'arbre qu'on voit
Chante sa plainte.

Mon Dieu, mon Dieu, la vie est là,
Simple et tranquille.
Cette paisible rumeur-là
Vient de la ville.

- Qu'as-tu fait, ô toi que voilà
Pleurant sans cesse,
Dis, qu'as-tu fait, toi que voilà,
De ta jeunesse ?


Paul Verlaine

quarta-feira, 23 de março de 2011

Chanson d'automne



Les sanglots longs
Des violons
De l’automne
Blessent mon coeur
D’une langueur
Monotone.

Tout suffocant
Et blême, quand
Sonne l’heure,
Je me souviens
Des jours anciens
Et je pleure.

Et je m’en vais
Au vent mauvais
Qui m’emporte
Deçà, delà,
Pareil à la
Feuille morte.

Paul Verlaine

quinta-feira, 18 de março de 2010



























"Baiser ! Rose trémière au jardin des caresses !"

Paul Verlaine


sexta-feira, 12 de março de 2010

Le Vin Des Amants



















Aujourd’hui l’espace est splendide!
Sans mors, sans éperons, sans bride,
Partons à cheval sur le vin
Pour un ciel féerique et divin!

Comme deux anges que torture
Une implacable calenture,
Dans le bleu cristal du matin
Suivons le mirage lointain!

Mollement balancés sur l’aile
Du tourbillon intelligent,
Dans un délire parallèle,

Ma sœur, côte à côte nageant,
Nous fuirons sans repos ni trêves
Vers le paradis de mes rêves!

[Paul Verlaine]

quarta-feira, 3 de março de 2010

Ô triste était mon âme...




















Ô triste, triste était mon âme
A cause, à cause d'une femme.
Je ne me suis pas consolé
Bien que mon coeur s'en soit allé,
Bien que mon coeur, bien que mon âme
Eussent fui loin de cette femme.
Je ne me suis pas consolé
Bien que mon coeur s'en soit allé.
Et mon coeur, mon coeur trop sensible
Dit à mon âme : Est-il possible,
Est-il possible, - le fût-il -
Ce fier exil, ce triste exil ?
Mon âme dit à mon coeur: Sais-je
Moi-même que nous veut ce piège
D'être présents bien qu'exilés,
Encore que loin en allés ?

Paul Verlaine

Paul Verlaine



















Verlaine teve uma infância feliz em Ardennes no norte da França, apesar de ter um pai autoritário e uma mãe superprotetora.
Apaixonou-se pela prima Elisa Moncomble. O amor impossível o levou a beber em demasia, habituou-se à "fada verde", o absinto.
Em 11 de agosto de 1870, o poeta se casou com Mathilde Mauté de Fleurville, que não tinha mais do que dezesseis anos, numa tentativa de acomodar-se a uma vida familiar, simples e tranquila.

Mas em setembro de 1871, o jovem que o fascinava, Arthur Rimbaud lhe escreveu e dias mais tarde, chegou a Paris. Os dois se tornaram amantes. Em fevereiro de 1872, Mathilde pediu a separação.
Depois de várias rupturas e reconciliações, em 1873, Verlaine deu um tiro de pistola em Rimbaud, em Bruxelas.
O poeta foi preso e condenado, passando dois anos na prisão.

Ao sair da prisão em 1875, Verlaine foi para a Inglaterra, onde deu aulas durante dois anos. Em 1880 fixou-se em uma fazenda perto de Rethel, com seu novo amante Lucien Létinois, um ex-aluno da instituição em que Verlaine ensinou durante dois anos e de onde eles foram expulsos por causa de sua "amizade particular". Mais uma vez o amor se rompeu e o poeta naufragou no álcool. No ano seguinte, Verlaine voltou a viver com sua mãe em Paris, onde morreu aos 52 anos.


30 /03/1844, Metz, França
08/01/1896, Paris, França